domingo, 4 de dezembro de 2011

Tarde de agouro

Boa tarde. Assim começou a tarde. Boa porém fria e solitária como tem sido todos os últimos dias.
A temperatura oscila , mas a frieza é a mesma.
Tudo é somatória de resultado não positivo : frieza, solidão, vazio, inconstância. Não tenho nada. Se acaso morresse agora não seria agourento pois o caixão iria vazio não tão diferente da sala para o velório.
Tarde agourenta. Tarde preta e branca num final de um campeonato qualquer em que corremos perigo de andar pelas ruas independente do resultado.
Tarde só. Longe, e cada vez mais longe de quem se gosta, de quem se quer por perto.
Tudo vai se distanciando de mim. Tudo que já tive tão próximo. Resta esperar onde tudo isso terminará, pois há situações em que não dependem da minha força de querer, mas sim da força extrínsica do poder ou não poder.
Meus pés estão gelados e qualquer semelhança com com o adjetivou de mal agouro não é mera coincidência. Sim , é fato!
Mas apesar de tudo , acabo de descobrir neste tarde fria e chata que ainda tenho saúde, ou até onde um determinado resultado pode me explicar. Depois de um vacilo veio a bonança. Algo de bom ocorre no fantástico mundo meu.
Tarde fria pede sono , pede cama , pede abraço , pipoca, edredom e companhia e é isso que farei agora. Eu e Danka. Minha fiel e única companheira para o momento.
Mau agouro seria mesmo se eu não a tivesse na minha vida .
Boa tarde.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tensão pós férias

É frio lá fora. A cortina não consegue, como antes, ficar estática. O vento gelado entra sorrateiramente, mas se faz sentir.
O dia não começou bem. Não só pelo frio, mas pela ansiedade que me toma conta. Ansiedade que não acontece por evento ótimo, mas por dilemas a serem enfrentados sem que eu saiba como ou ainda não o tenha definido. É um sentimento de impotência, de não ter para onde correr, ou melhor, tem . Mas foram colocados obstáculos por pessoas alheias que não merecem nenhuma consideração ou importância de suas vidas neste mundo. Embora desejo toda a felicidade para que estas deixem os outros ao redor também serem felizes.
Eu não sei o que devo fazer, o que devo ser. Se devo entrar, sentar e ser educado ou se entro , fico de pé e solto o verbo arcando com as consequências. Não sei se tento ser cínico, sarcástico, ou falso adestrado. Eu não sei!
Ser feliz em ao menos duas instâncias percebo que é quase impossível. Mas já que dizem que a felicidade está em nós mesmos, tenho o querer de construir a minha nesta instância que me incomoda. Do meu jeito ? E qual será o meu jeito ? Volto ao início do dilema.
Meus pés ainda estão gelados, mesmo em baixo do edredom. Ao menos o coração está quente, literal e conotativamente. Às vezes mais , às vezes menos. E eu o sigo, com oscilações de comportamento: Devagar, moderado e exagerado. Sempre querendo mais. Sempre buscando mais daquilo ou de quem o faz bater mais forte.
O problema é que gosto de provas, gosto do que é tangível. O abstrato não me satisfaz. Quero toque, quero desejo e carne juntos. Não quero subliminaridades. Eu quero atitude. Eu quero ouvir mais e ler menos.
Vale lembrar,todo momento, que eu sei também que eu preciso fazer muito mais, não só em duas instâncias mas em todo ato de viver. Antes que o espetáculo termine, antes que o mocinho morra no final.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Segunda-feira de trabalho sem sistema

Segunda feira . Dia que deveria ser abolido do calendário. ainda mais estes com chuva e depois de um final de semana quase bom.
Estou por aqui. Deveria estar no trabalho; e estou. Estamos sem sistema. Sem previsão de volta. Que não volte nunca mais. Este foi mais um "momento revolta".
Revolta diminutiva. Haja visto que estes estresses não fazem mais parte do meu cotidiano. Pra quê? Estresses não melhorarão a situação que pode ser momentânea. O melhor é resolver tentando deixar o sorriso no rosto ou ao menos a serenidade. Um sopro forte , uma respiração ofegante pode ajudar. Um copo d'água pode fazer a diferença. Uma distração em outro assunto para depois voltar pode ajudar esquecer ou atenuar a importância da causa.
São terapias paleativas talvez, mas que têm ajudado. São "mantras" eficazes.
Acho que preciso voltar ao trabalho. À minha atenção concentrada. Ao foco que me faz ganhar a fortuna do final de mês e consequentemente me traz as vantagens de ter uma vida digna, sem reclamações e solucões de todos os problemas ( sarcasmo).
Agradeço por ter braços e pernas. E que estems me ajudem a chegar num lugar melhor. Fora deste sistema.
Bom dia senhor, no que posso ajudar...

domingo, 25 de abril de 2010

Lua Cheia de 25 de abril


Salve lua cheia, salve Jorge ! Salve o poder energético que este astro de luz própria emite sobre nossas cabeças. Salve o poder físico de nos manter em órbita.

É lua cheia . É banho de beleza no céu . Lua ilumina, ilumina senhora divina , iluminda !!!

A vizinha

Inspiração de uma noite numa data qualquer . Foi Nelson Rodrigues que contribuiu para tal agouro ? Foi pré paixão. Passou. Se ela volta ? É desconhecida a resposta.

www.recantodasletras.uol.com.br/contoscotidianos/2218698

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Há muito tempo não apareço por aqui. Não por falta de tempo. Aliás, me sobra. O que me falta mesmo é vontade, inspiração e motivação e não só para escrever, mas para falar agir, estar.
Sabe aquela música do Candeia : "Deixe-me ir, preciso andar. Vou por aí a procurar. Rir pra não chorar (...)". Estou assim, deixando-me ir. Só não sei de onde e nem pra onde. Penso que estou esperando que algo caia no meu colo. Algo bom, claro. Uma mensagem dos deuses me dizendo como agir ou o que seria melhor para este momento da minha vida. Isso não vai acontecer. Atitude deste porte tem que partir de mim. Talvez falar seja fácil e fazer difícil, mas continuando a mesma fala, eu tenho que reverter esta "tese".
Sexta-feira, primeiro dia do mês de abril, são quase dez horas da manhã, feriadão por vir e nada programado. Programar ? Pra quê ? Surpresas acontecem. Será ? E assim volto às minhas esperanças pragmáticas e exarcebadas.
Bom, penso que preciso trabalhar. Isso é certeza. Certeza de que muito trabalho cairá no meu colo neste dia. Bom dia pra mim e ele será. Mesmo com perguntas idiotas, nesta festa estranha com gente esquisita. Eu não legal e quero uma birita.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lá fora

Lá fora faz um lindo dia, faz uma temperatura agradável. Nem muito frio, mas também não sinto calor para andar de bermuda na avenida Paulista. Lá fora está vazio. Hoje é feriado municipal e São Paulo parece cidade fantasma. As pessoas que enchem a cidade estão todas dentro de suas casas, em frente às suas televisões, ou em suas camas, ou até mesmo jogadas em cima de um sofá somente esperando a tarde passar, afim de realmente descansar, espairecer; sinceramente, afim de não fazer absolutamente nada. As ruas estão vazias porque aqueles que a encheriam estão em viagem, foram badalar em outros lugares, foram agitar outros ares, curtir o descanso trabalhando os músculos na praia, no campo, numa piscina em qualquer outra cidade que não seja São Paulo.
Lá fora tem muito o que fazer, tem muito o que ver, muito o que conhecer. Mas lá fora não tem a minha vontade. Ela está aqui comigo, neste exato momento e lugar. Esta não sai, ou pelo menos agora não quer. Lá fora é só idealização, o concreto está apenas nas grandes edificações .
Lá fora é onde eu posso achar qualquer coisa boa ou ruim. Lá fora é lugar de criar expectativas, mas aqui dentro eu as desenho primeiro. Lá fora eu posso rir dos outros, mas se a cidade está fazia eu rirei de mim mesmo à toa e sozinho andarilho de uma cidade fantasma sem ninguém estranho ao lado pra me divertir gratuitamente.
Aqui dentro eu desenho e apago toda ideia, toda magia fantasiada por mim. Aqui eu decido quem faz parte desse circo que eu mesmo criei e que muitas vezes só eu participo.
Lá fora é quente e frio, depende do humor de cada um que possa estar lá. No entanto, é bom sair agasalhado.
Lá fora hoje, só amanhã! Amanhã serei obrigado a estar lá fora. Lá fora há obrigações e trabalho. Há socialidade obrigatória. Há caras e bocas ,risos e ironias.
Amanhã, lá fora, eu possa talvez falar do aqui dentro. Amanhã, lá fora, pode estar melhor que aqui dentro. Apenas uma questão de momento. Neste momento é aqui que me aconchego. Lá fora começa a ficar frio parece que me pedindo pra continuar protegido, aguardando o melhor momento para abrir a porta de livre e espontânea vontade.