quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lá fora

Lá fora faz um lindo dia, faz uma temperatura agradável. Nem muito frio, mas também não sinto calor para andar de bermuda na avenida Paulista. Lá fora está vazio. Hoje é feriado municipal e São Paulo parece cidade fantasma. As pessoas que enchem a cidade estão todas dentro de suas casas, em frente às suas televisões, ou em suas camas, ou até mesmo jogadas em cima de um sofá somente esperando a tarde passar, afim de realmente descansar, espairecer; sinceramente, afim de não fazer absolutamente nada. As ruas estão vazias porque aqueles que a encheriam estão em viagem, foram badalar em outros lugares, foram agitar outros ares, curtir o descanso trabalhando os músculos na praia, no campo, numa piscina em qualquer outra cidade que não seja São Paulo.
Lá fora tem muito o que fazer, tem muito o que ver, muito o que conhecer. Mas lá fora não tem a minha vontade. Ela está aqui comigo, neste exato momento e lugar. Esta não sai, ou pelo menos agora não quer. Lá fora é só idealização, o concreto está apenas nas grandes edificações .
Lá fora é onde eu posso achar qualquer coisa boa ou ruim. Lá fora é lugar de criar expectativas, mas aqui dentro eu as desenho primeiro. Lá fora eu posso rir dos outros, mas se a cidade está fazia eu rirei de mim mesmo à toa e sozinho andarilho de uma cidade fantasma sem ninguém estranho ao lado pra me divertir gratuitamente.
Aqui dentro eu desenho e apago toda ideia, toda magia fantasiada por mim. Aqui eu decido quem faz parte desse circo que eu mesmo criei e que muitas vezes só eu participo.
Lá fora é quente e frio, depende do humor de cada um que possa estar lá. No entanto, é bom sair agasalhado.
Lá fora hoje, só amanhã! Amanhã serei obrigado a estar lá fora. Lá fora há obrigações e trabalho. Há socialidade obrigatória. Há caras e bocas ,risos e ironias.
Amanhã, lá fora, eu possa talvez falar do aqui dentro. Amanhã, lá fora, pode estar melhor que aqui dentro. Apenas uma questão de momento. Neste momento é aqui que me aconchego. Lá fora começa a ficar frio parece que me pedindo pra continuar protegido, aguardando o melhor momento para abrir a porta de livre e espontânea vontade.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Em breve , África


Um sonho, um pedaço daquilo que construo todos os dias. Realização e fato consumado.

Tudo isso acontecerá aos 15 dias de junho de 2009 depois de 12 horas de vôo.

Em breve . Mas breve não é minha ansiedade, meu desejo enorme de pisar em terras africanas.

São tantos lugares, serão tantas fotos, tantos contatos, tanto novo , tanto isso, tanto aquilo. Tanta surpresa . Ainda estou surfando na minha imaginação, não passei no tubo, mas estou prestes a pegar a crista da onda. Por enquanto é devaneio. Já, já savana, luxo, pobreza, riqueza...tudo verdadeiro.

DE REPENTE

De repente, São Paulo
De repente, Cape Town
De repente, qualquer lugar
Vivemos de repentes
De estórias e fantasias
Criamos situações e emoções
Fazemos da vida a tal estória:
Contada por loucos
Vazia, mas cheia de significados
De repente queremos aquilo
Exato e desenhado
Igual ao da TV, ao do filme
Igual ao do vizinho
De repente nos pegamos negando
Negando o que temos
O que está pronto
O que é possível para o momento
De repente não aceitamos
Chutamos com força e desdém
De repente, o arrependimento vem
Assim, não mais que de repente
Vivemos, esperamos, montamos
Todo e qualquer desejo
Todo e qualquer ansejo
Às vezes inerte
Às vezes com certo molejo
De repente ouvimos aquela música
Sentimos aquele perfume
Passamos por certos lugares
De repente é memória
De repente, mais uma estória
De repente, novos ares.

Inspiração de pois de um belo filme em 11/06/2009 .


Leiam mais em: http://recantodasletras.uol.com.br/autores/gabrieldnasc

domingo, 10 de maio de 2009

Depois da tempestade, o sol .

Ontem à noite choveu demasiadamente. Aquela tempestade me fez ficar em casa achando que seria uma noite tediosa como mais um sábado em casa, mas não. Foi mais uma noite de sábado em casa em frente ao computador e depois TV , mas com coisas proveitosas para se descobrir, se rever, se comunicar. Hoje o sol saiu com força total. Agora, às 12 horas e 54, acho que ele desanimou e se escondeu atrás das nuvens. A tarde parece que será chuvosa, mas mesmo assim sairei. Os ingressos já estão comprados e assistirei "Por um Fio" , novo espetáculo teatral de Drauseo Varella no Sesc Consolação.
Hoje é dia das mães, aquelas merecedoras de todos os dias. Claro, a maioria delas, pois existe uma minoria de quem não é necessário comentar. Entre idas e vindas, conversas inexistentes, relação "amistosa" quase inexistente eu desejo sim feliz dia das mães à minha mãe. Fiz um pouco ou quase nada da minha parte : comprei e entreguei o presente amanhã será mais uma segunda-feira. Todo dia também é dia da hipocrisia.
Amanhã recomeça minha saga iniciada exatamente um ano atrás, espero terminá-la bem. Que medo. Se der tudo certo eu conto como foi.

sábado, 2 de maio de 2009

Dor de cabeça

Acordei com uma dor de cabeça. Coisas processando aqui dentro durante o sono. Tudo tão confuso, ansiado, perturbado que acordei meio chacoalhado.
Hoje . O que tem pra hoje? O mesmo de ontem ? Se é o que tem pra janta, vamos nos fartar porque amanhã..... não sei do amanhã, sei que hoje é hoje.

domingo, 26 de abril de 2009

Pecado Original (Caetano Veloso)

Dedico essa música ao amigo de todas as horas , ao tico . Essa é a trilha sonora do cabeção, ou melhor era.

"Todo beijo, todo medo
Todo corpo em movimento
Está cheio de inferno e céu
Todo santo, todo canto
Todo pranto, todo manto
Está cheio de inferno e céu
O que fazer com o que DEUS nos deu?
O que foi que nos aconteceu?(...)"

Acho que só ouvindo a melodia ele saberá identificar, mas a letra é ótima!
http://www.youtube.com/watch?v=5iZToEPRU0U&feature=related

sábado, 25 de abril de 2009

Mais um dia. Nada de mais.

Sábado. Era 6 e 15 da manhã. Relógio desperta e mais que rapidamente levanto o braço a fim de calar aquele barulho de sengunda à sexta. Volto a dormir. Passaram-se três horas. Acordei e Remover formatação da seleçãolevantei levemente a cabeça para olhar a janela. Nenhum sinal de sol ou dia aprazível que me fizesse levantar de pronto. Ouço barulhos, conversas. Tudo que me faz querer dormir mais ainda e não levantar daquela cama por nada. Percebi que hoje seria dia difícil. De mim para mim mesmo. Gostaria de , naquela hora, estar sozinho. Levantar sozinho. Perceber aquela manha cinza e mal humorada sozinho. Já que não era possível, permaneci ali inerte e posto a minha própria vontade, ou melhor, bom senso. Penso sempre que meu "incômodo" não deve incomodar a ninguém. O corpo doi e pede para levantar. Assim acontece. Abro a s cortinas e lá fora o sol está tímido entre as núvens que eram maioria naquele momento. Um suspiro, uma espreguiçada e água gelada no rosto. É mais um dia, mais um sábado. Mais um. Nada de mais. Preguiça, tédio? Não sei. Acordei e levantei desse jeito. Jeito enjeitado e rejeitado. O que fazer? O de sempre. Obrigações mil. O tempo é cronometrado e os espaços marcados. Faço o presente de olho no furo. Penso que mais tarde tudo melhoraria, mas continuo assim "exkizito". O que é? É tempo frio, é tempo longo, é tempo insosso. Preciso ter ideia de ter o que fazer. Incrementar a minha agenda monótona e abundante de repetições. Enfim, termino a tarde ouvindo música boa e precisa para o momento : "Mistérios" . Realmente preciso aprender os mistérios do mundo. Pra que ? Outro Mistério.

sábado, 18 de abril de 2009

Nós com verbo e predicado duvidosos

Hoje percebi o quanto algumas pessoas são arrogantes, prepotentes e indiscretas..... o pior de tudo que tudo isso é feito com o "chapéu dos outros" .
É tão mais fácil se acomodar e pular nas costas de outrem a ter que lutar com próprias mãos por próprias posses. Oportunismo existe em todo e qualquer lugar, mas outros dão o nome de "amor" . Amor intenso! Mas frágil. Frágil a ponto de desmoronar com qualquer crise econômica, já que o saldo bancário diminui bastante. Falam-se em "nós" de uma forma tão tranquila que soa estranho já que esse "nós" não combina com o verbo e o predicado da frase. O correto seria ele, ela , eles, elas . Será que as escolas, universidades, televisões abertas não deveriam ensinar "português e bom senso" ? Boa matéria para o curso da vida. Mas teriam muitos reprovados ao final do curso, sairia caro. Já que os próprios alunos não seriam os reais pagantes.
Posto isso, quero que ele, ela, eles, elas e nós sejamos felizes. cada um a sua maneira, comodidade e bom senso, caso tenha.

domingo, 12 de abril de 2009

O Swing e sucesso de Simonal


Wilson Simonal , rei do swing nos anos 60 e 70 morreu no ostracismo provocado por uma ditadura cruel e racista. Onde já se viu um crioulo fazer tanto sucesso, levar 40 mil pessoas ao Maracananzinho fazendo vocalize com ele.

Até hoje há dúvidas sobre a prisão. Penso que apenas foi uma saída para tirá-lo do ar. Afinal não poderiam fazer com um artista tão consagrado o que faziam com os simples civis da época, apenas desaparecer com ele sem lhe jogar sobre as costas alguma culpa.

Nessa música " Que cada um cumpra com o seu dever" , Simonal mistura swing com um toque de bom senso social e humor . Vejam um pouco de Wilson Simonal !!


sábado, 11 de abril de 2009

Definitivamente, Fabiana Cozza


Acabo de chegar de um dos meus programas favoritos, se não o favorito. Shows, música ao vivo, palco e instrumentos musicais acompanhados de uma bela voz. A bela voz da vez era nada mais que a de Fabiana Cozza. Sambista Paulistana, dona de uma voz impecável, de uma presença inquestionável e de um talento ímpar. Hoje, definitivamente (já usei essa palavra milhares de vezes depois do show) vi quem é a atual cantora da vez, quer dizer , confirmei, pois Ivan Lins , eu e muitos outros fãs já sabíamos. Percebi que essa "Negona" , para os íntimos, é capaz de ir e vir por qualquer trilha musical que lhe for entregue. Hoje ela não só homenageou Elizete Cardoso como nós da platéia. Com um show impecável ela foi desenhando Elizete perfeitamente através de Chico, Baden, Cartola , Ary Barroso, Ataufo, Pixinguinha, entre outros. Junto à sua presença, à sua interpretação, músicos que não deixaram por menos e a presença de um convidao especial, mais que especial: Luizinho 7 Cordas.

Ao ouvir "Na Batucada da Vida" , "Todo Sentimento" e "Barracão" me emocionei literalmente. Sua interpretação fez daquele show musical merecedor de "oscar" . Exagero? Não ! Veja, você que tem bom gosto, o show. Como disse Luizinho 7 Cordas : " Fabi , dure bastante" . Obrigado pelo show, um show de arte.

Dia de "Narciso"


Sábadão de sol. Dia lindo e eu sem nada pra fazer. Decidido a deixar de ser apenas um cérebro, resolvi, também, ser um "corpo". Peguei firme em duas horas de musculação moderada, ainda.
Descobri há algum tempo que a academia é um refúgio para meu estresse, para minha ansiedade e insônia. E juntando fome com vontade de comer, cuido não só da mente como do corpo. Tá ficando bom, já perdi aquilo que mais detestava, a maldita barriga de "Zeca", esse mesmo, o cantor de pagode do comercial de cerveja. Como a miss do espetáculo humorístico "Cócegas" , eu cancei de ser apenas um cérebro, eu sou um corpo também. Claro, na medida certa, sem deixar pender apenas para um dos lados. Querendo ser um corpo eu sou cada vez mais cérebro já que consigo aliar o útil ao agradável e maximizar o custo benefício. Malhar após o trabalho significa um chute no jump na cara de cada cliente (@#$%&!) que aparece na minha frente durante o dia. Cada pedalada do speening significa estar mais longe do comodismo e das perguntas intoleráveis que me fazem. E cada sopro depois de levantar alguns quilos é a oxigenação do meu cérebro cheio de problemas para serem resolvidos. É isso. Malhar pra mim é sinônimo de bem estar não só de "bem estar bem"na frente do espelho. Mas claro que em vista do que era, agrada um pouco. É claro que não só de médico e de louco que todos têm um pouco, de narciso também.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Primeiro encontro

Feriadão, sexta pra sábado. Já passa de meia noite. Viagem? Que nada. Ficar em sampa é motivo para planos futuros. A tarde foi de preguiça e sono. Sono intenso, gostoso e sem culpa. A noite foi de comeria como sempre. Quem me conhece sabe o quanto adoro comer. Mais uma vez a companhia dos bons e divertidos amigos. Então, depois de tudo isso, caio por aqui. A fim de fazer uma das coisas que mais gosto, escrever, resolvi criar este "espaço" que chamam de blog. É o primeiro encontro, é a primeira postagem, o primeiro contato com o público que terá paciência em ler meus devaneios, minhas palavras soltas, o meu ensimesmado "padrão" de escrita. Não sei se me entendem, mas quem disse que é pra tal ? O sono da tarde permite, agora, que eu esteja aqui, disponível ou digamos à toa e sem sono algum. Ao mesmo tempo em que escrevo, tento desvendar os mistérios da série "CSI" . Ninguém sabe quem matou a garota de 17 anos encontrada morta na suíte de luxo do Cesar Park. Eu lanço meus palpites com intuito de, sem prêmio algum, ser o acertador da vez. Enfim vou terminar de assistir, tá ficando mais interessante do que imaginava. Ainda bem que o texto é salvo automaticamente. Boa noite pra mim. Saudade da Danka, minha cadela. Ela sim, por incrível que pareça, viajou no feriado. Não há nenhuma bolinha preta de belo nos meus pés ou andando atrás de mim a procura de algo que a interesse. Quanta falta ela me faz. Acho que é o único ser de quem sinto falta no momento. Único!